Numa manhã de verão, levantei-me cedo, como não era hábito, peguei na bicicleta, material de escrita e GPS e fui ter ao local combinado com alguns amigos. Tínhamos combinado ir dar um passeio de bicicleta e procurando as caches que se encontravam na região (praticamos geocaching). Já tínhamos encontrado algumas, e pedalando ao longo de vários quilómetros pelo litoral, até que encontro uma rapariga, numa das praias, que me atraiu de imediato. Já a conhecia de vista mas nada de especial, comparado com o que senti, ali, naquele momento, quando os olhares se cruzaram. Ainda era de manhã e tinha combinado com os amigos um número de caches a cumprir, por isso continuamos a nossa busca. Acabamos mais cedo do que esperávamos, e combinamos que à tarde, depois de almoçar, iríamos-nos juntar de novo, desta vez para ir à praia. Qual é a praia que vamos? Foi a questão que logo se gerou. Eu, na esperança de encontrar a linda rapariga da troca de olhares, sugeri que fôssemos à praia onde, de manhã, a tínhamos encontrado. Ao chegar à praia, vi-a, novamente, na rede de vôlei com outras raparigas, mas estas são como se não existissem, só aquela que me prendia o olhar, era como se todo o mundo tivesse parado, e só ela se conseguisse mover. Aquela tarde foi maravilhosa, passei muito tempo com ela, jogar às cartas, raquetes, mergulhos, de tudo um pouco. Até que anoiteceu e tivemos de nos despedir. Despedir, mas não por muito tempo, no dia seguinte lá estava ela. Conheci assim uma grande amiga, e quem sabe, porque não mais?