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Bolsas de NY disparam após recuo do tarifaço de Trump; Nasdaq tem maior alta desde 2001

Oferecido por Por Redação g1 — São Paulo 09/04/2025 17h40 Atualizado 09/04/2025 Trump eleva para 125% tarifas contra China As bolsas de Nova York dispararam e registraram nesta quarta-feira (9) suas maiores altas diárias em anos, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá reduzir para 10% as taxas recíprocas a outros países, pelo prazo de 90 dias. O republicano se referiu à medida como uma "pausa" no tarifaço, que há uma semana resultou na escalada da guerra comercial global. Na decisão, ele também anunciou taxas de 125% contra a China. (leia mais abaixo) Até então, os mercados vinham operando no campo negativo com a perspectiva de desaceleração da economia global. O recuo de Trump em relação ao tarifaço, no entanto, fez o humor mudar completamente — ao menos nesta quarta. Veja como ficou o fechamento dos principais índices norte-americanos: Dow Jones subiu 7,9%, seu melhor dia desde 2020; SP 500 adicionou 9,5%, em seu maior ganho desde 2008;Nasdaq avançou 12%, seu melhor dia desde 2001. Os mesmos índices tinham despencado na última semana, chegando a derreter até 10%. Um dia após o detalhamento do tarifaço, por exemplo, as bolsas norte-americanas registraram as maiores quedas em um único dia desde 2020 — ano em que o planeta enfrentava a pandemia de Covid-19. Bolsas da Ásia e da Europa despencaram, pois fecharam antes do anúncio. No Brasil, o dólar subia pela manhã, mas despencou após o anúncio de Trump e fechou em queda de 2,54%, a R$ 5,84. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, disparou 3,12%, aos 127.796 pontos. Veja a íntegra do que disse Donald Trump Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis. Por outro lado, e com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR, para negociar uma solução para os assuntos em discussão relativos a Comércio, Barreiras Comerciais, Tarifas, Manipulação Cambial e Tarifas Não Monetárias, e que esses países não retaliaram de forma alguma contra os Estados Unidos, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato. Obrigado pela sua atenção a este assunto! Trump eleva tarifas contra a China para 125% — Foto: Truth Social/Reprodução Retaliação à China Trump também afirmou na tarde desta quarta-feira (9) que aumentará para 125% a tarifa sobre a importação de produtos da China. A medida tem efeito imediato. A decisão é mais um episódio da nova disputa comercial entre EUA e China, iniciada pelo tarifaço de Trump. No último dia 2 de abril, o norte-americano anunciou taxas de importação sobre 180 países de todo o mundo. De lá para cá, houve retaliações de parte a parte, subindo tarifas de importação. Os EUA haviam imposto uma taxa de 104% aos produtos chineses, que entraria em vigor nesta quarta. Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou que subiria tarifas para 84% sobre os produtos americanos. (saiba mais abaixo) "Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato", escreveu Trump em sua rede social. O republicano disse esperar que, "em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis". "Autorizei uma pausa de 90 dias e uma tarifa recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato", escreveu Trump. O republicano afirmou que a decisão teve como base o fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos EUA, incluindo os Departamentos de Comércio, Tesouro e USTR (agência do governo para o comércio exterior), para negociar uma solução ao tarifaço. "Esses países não retaliaram de forma alguma contra os EUA", acrescentou. Entenda como a tarifa sobre a China chegou a 125%: No início de fevereiro, os EUA aplicaram uma taxa extra de 10% sobre as importações vindas da China, que se somou à tarifa de 10% que já era cobrada do país, chegando a 20%;Na quarta-feira da semana passada, dia 2 de abril, Trump anunciou seu plano de "tarifas recíprocas" que incluía uma taxa extra de 34% à China, elevando a alíquota sobre os produtos do país asiático a 54%;Após a retaliação chinesa que também impôs tarifas de 34% sobre os EUA, a Casa Branca confirmou mais 50% em taxas sobre as importações chinesas, deixando a tarifa sobre o país no patamar de 104%.Com o anúncio de que a China irá elevar a 84% as taxas sobre os produtos norte-americanos, Trump decidiu subir para 125% a tarifa contra os asiáticos, na mais nova ofensiva. Trump em evento do Comitê Nacional Republicano para o Congresso — Foto: Reuters


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