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Calculadora da atividade física: descubra se você se exercita o suficiente e entenda os impactos na memória e concentração Por Emily Santos, g1 07/10/2023 04h31 Atualizado 07/10/2023 Andar de bicicleta é uma ótima atividade física para o corpo. — Foto: Freepik Fazer atividade física todo mundo sabe que faz bem. Mas será que você se exercita na regularidade e intensidade suficientes? Descubra abaixo na calculadora desenvolvida pelo g1 com base nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os benefícios de se ter uma vida ativa são inúmeros, como mais disposição, melhora na concentração e aumento da capacidade de memória - sem contar que o sedentarismo é fator de risco para várias doenças. Por isso, especialistas recomendam: é essencial fazer aquele esforço extra para tentar manter uma rotina de exercícios mesmo com uma agenda cheia de compromissos. Isso vale, inclusive, para quem estiver se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou outros vestibulares. Ao longo da reportagem, entenda os efeitos no cérebro da atividade física e como podem melhorar o seu desempenho intelectual. Clique aqui para seguir o canal do g1 Enem no WhatsApp Fazendo a conta na ponta do lápis De acordo com a OMS, pessoas adultas devem: praticar alguma atividade física moderada por 300 minutos semanais, o que dá, por exemplo, até uma hora de exercícios por cinco dias ou 40 minutos por sete dias –; ou fazer 150 minutos por semana de atividade física intensa (desde que não haja contraindicação, claro). Como saber se a atividade física é moderada ou intensa: Se sua respiração e batimentos cardíacos estão razoavelmente acelerados, mas você consegue manter uma conversa enquanto se exercita, a atividade é provavelmente moderada. Exemplos: caminhada, ciclismo leve, ioga leve, dança. Se os batimentos cardíacos aceleram consideravelmente e sua respiração está muito rápida e difícil a ponto de não permitir uma conversa, é provavelmente uma atividade intensa. Exemplos: musculação, corrida, natação, futebol, basquete, vôlei, ciclismo acelerado, ioga intensa. Ou seja, não é qualquer atividade física que conta: descer um único lance de escadas, andar por uma curta distância, realizar atividades que não exijam um esforço mínimo ou praticar atividades que demandam esforço, mas são feitas esporadicamente e por pouquíssimo tempo são importantes contra o sedentarismo, mas não valem para o cálculo da OMS. Lembre-se: é preciso ter regularidade. Passo a passo para preencher a calculadora: Pense em uma atividade física e digite os minutos que gasta nela por semana (ou clique nas setas para selecionar a quantidade de minutos).Selecione o tipo de intensidade.Se tiver mais atividades a acrescentar, é só clicar em "adicionar" e repetir o processo.Quando terminar, clique em calcular. Efeitos da atividade física no cérebro Caminhar com o pet pode ser uma forma de atividade física — Foto: Foto: senivpetro/Freepik O médico neurologista Denis Bernardi Bichuetti, do Hospital do Coração (HCor) de São Paulo, explica que a melhora na memória, concentração e demais benefícios das atividades físicas acontecem graças a um conjunto de efeitos que resultam em melhora na saúde do corpo e da mente. Ilustração das reações no cérebro promovidas por exercícios físicos. — Foto: Juan Silva/g1 Melhora no desempenho intelectual Encaixar uma ida à academia ou um lazer esportivo nos intervalos de estudo pode ajudar na capacidade de lembrar o que foi estudado, conforme mostram as pesquisas. Uma delas, produzida em parceria pelas universidades de Radboud, na Holanda, e de Edimburgo, na Grã-Bretanha, confirmou que a prática de exercícios aliada a uma rotina de estudos melhora a memória. Mas não adianta esperar até a semana anterior ao Enem para começar a se exercitar, acreditando que sua memória vai magicamente guardar todo o conteúdo, porque o efeito não é imediato. Segundo o estudo, a melhora foi observada em quem tonou as atividades físicas uma parte da rotina por pelo menos 6 meses. Já outros benefícios, como concentração e organização, podem vir em curto ou médio prazo. Ainda assim, quem começar a se exercitar agora poderá ver o resultado na memória já no primeiro semestre letivo de 2024, algo que pode vir a calhar para os aprovados nos vestibulares. Estudante se preparando para o Enem no Pará. — Foto: Reprodução / Agência Pará Benefícios na hora de fazer o exame Os benefícios vão além e podem garantir, por exemplo, maior disposição física e mental na hora de fazer o exame, como explica o médico do esporte Fabrício Buzatto, que integra a Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). Mas o especialista recomenda ainda que a relação com o exercício seja saudável. "Não adianta inserir isso na rotina para ser mais uma cobrança, uma obrigação. Precisa ser prazeroso se exercitar, ser um momento positivo do dia", diz. Estudar, sim; se exercitar também Julia Mano Senise tem 18 anos e faz cursinho e para tentar uma vaga no curso de letras ou design. Entre as horas de aulas e a rotina de estudos em casa, ela encaixa uma pausa para o balé. O efeito da prática esportiva é semelhante para Matheus Shimoki. Ele é vestibulando e ex-atleta profissional de tênis de mesa. Por isso, sabe da importância do exercício físico para um bom desempenho escolar. Além de dar aulas de tênis de mesa e de praticar o esporte sempre que pode, ele também tenta ir à academia diariamente entre os turnos de estudo. O resultado positivo é observado até por quem não leva "jeito para estudar", que é como o cuiabano Luis Fernando Moreira se descreve. Seis técnicas que podem turbinar seus estudos VÍDEOS DE EDUCAÇÃO


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