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Mais de 420 escolas estaduais foram danificadas nas inundações do Rio Grande do Sul Por g1 09/05/2024 13h37 Atualizado 10/05/2024 Desabrigados pelas chuvas em abrigo em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em 8 de maio de 2024. Entre as escolas estaduais, 75 estão servindo de local de acolhimento das vítimas das inundações — Foto: Nelson Almeida/ AFP Além de todas as moradias que terão de ser reconstruídas após as inundações do Rio Grande do Sul, outro desafio será enfrentado pelo estado: a reestruturação de pelo menos 426 escolas estaduais que foram danificadas pela água. O governo estadual explicou ao g1 que, como o acesso às instituições de ensino está comprometido, a Secretaria de Obras Públicas não havia conseguido, até esta quinta-feira (9), fazer a vistoria para dimensionar os estragos. "Ainda não foi possível ter um detalhamento. Pode ser questão de mobiliário [danificado], equipamentos ou até obras [comprometidas]", informa a Secretaria de Educação Estadual. Até a mais recente atualização desta reportagem, também não havia uma estimativa do número de colégios municipais e privados impactados pelo desastre. De acordo com o Censo Escolar 2023, são 2.345 escolas estaduais no Rio Grande do Sul. Entre elas: 954 (40,7%) foram afetadas de alguma forma pelos temporais, em 236 municípios (estão com problemas de acesso ou foram danificadas); do grupo acima, 426 instituições de ensino (18,2% do total) sofreram especificamente danos físicos;75 estão servindo de abrigo para as vítimas das inundações. Mais de 330 mil alunos estão sem aula; em Porto Alegre, não há previsão de volta A Secretaria afirma também que, dos 738.749 estudantes da rede estadual, 331,2 mil (44,8%) estão com aulas suspensas. Nas regiões abaixo, não há previsão de retomada das atividades letivas: Porto Alegre;São Leopoldo; Estrela;Guaíba; Cachoeira do Sul; Canoas e Gravataí. Em Pelotas e Rio Grande, as aulas estão suspensas até pelo menos sexta-feira, 10 de maio. E nas áreas abaixo, já foi possível reabrir as escolas: Uruguaiana; Osório; Erechim; Palmeira das Missões; Três Passos; São Luiz Gonzaga;São Borja; Ijuí; Caxias do Sul; Santa Cruz do Sul;Passo Fundo;Santa Maria;Cruz Alta;Bagé;Santo Angelo;Bento Gonçalves;Santa Rosa; Santana do Livramento; Vacaria;Soledade e Carazinho. Inundações deixaram mais de 100 mortos O boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul da manhã desta quinta-feira (9) afirma que o número de mortos subiu para 107. Há 136 desaparecidos e 374 feridos. Segundo os meteorologistas, os temporais que ocorrem no Rio Grande do Sul desde o fim de abril são reflexo de ao menos quatro fenômenos que ocorrem na região, agravados pelas mudanças climáticas: Uma onda de calor que atinge as regiões Sudeste e Centro-Oeste forma um bloqueio que impede a a chuva de "ir embora". No fim de abril, havia um cavado, que é uma corrente intensa de vento, agindo sobre o Rio Grande do Sul e contribuindo para que o tempo ficasse instável. Isso se somou a um corredor de umidade vindo da Amazônia, que aumentou a força da chuva.Estamos também vivendo as consequências do El Niño (que começou em agosto de 2023, teve um pico em janeiro e terminou em abril de 2024). Ele aqueceu a superfície do Oceano Pacífico, adicionou calor extra à atmosfera e aumentou as temperaturas globais. LEIA TAMBÉM Égua ilhada em Canoas é resgatada; veja vídeoGoverno anuncia antecipação de Bolsa Família, auxílio gás e restituição do IR no estado Vídeos Imagens aéreas mostram cidades submersas no Rio Grande do Sul Secretarias e órgãos públicos estaduais organizam pontos de coleta de doações para o RS


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