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Greve paralisa aulas há quase 2 meses no Instituto Federal de Sertãozinho, SP; entenda impasse Por Rodolfo Tiengo, g1 Ribeirão Preto e Franca 25/05/2024 13h01 Atualizado 25/05/2024 Imagens do IFSP de Sertãozinho (SP), com aulas paradas há quase dois meses por causa de greve de professores — Foto: Willy Gabriel Costa Peres Aulas do ensino médio ao mestrado paradas, biblioteca e diretorias ligadas a atividades de extensão sem funcionamento são alguns dos impactos de uma paralisação de funcionários e professores do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) em Sertãozinho (SP), que já se estende por quase dois meses. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Mobilizada no início de abril, como parte de uma paralisação mais ampla de instituições federais, a greve visa revisar, em até 34%, os salários, reestruturar carreiras e melhorar o orçamento para as instituições de ensino, além de solicitar medidas como a revogação da Lei do Novo Ensino Médio. Esta semana, os profissionais decidiram, em assembleia, manter a paralisação, enquanto aguardam uma nova proposta do governo federal. Enquanto isso, estudantes reclamam dos prejuízos para o andamento do ano letivo. Além de Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto (SP) a paralisação também afeta as atividades do IFSP de Barretos (SP). "As atividades no campus estão paradas. A única que está tendo é fundamentos da matemática, porque a professora não é concursada, e aí ela não pode tirar a greve. A gente está tendo só essa aula e está prejudicando o pessoal demais", afirma Willy Gabriel Costa Peres, de 18 anos, aluno de licentiatura em química em Sertãozinho. Em nota, o Ministério da Educação informou que a pasta estará sempre aberta ao diálogo, franco e respeitoso, pela valorização dos servidores. A seguir, entenda o que se sabe sobre a greve dos servidores no IFSP de Sertãozinho e quais os impactos para as atividades no campus. Quando começou a greve e o que os profissionais pedem? Em Sertãozinho, os técnicos administrativos em educação (TAEs) e os professores do IFSP aprovaram que entrariam em greve no final de março e iniciaram a paralisação em 3 de abril. O movimento tem o intuito de pedir: recomposição salarial de 34,32% para os TAEs, em três parcelas, entre 2024 e 2026, e de 22,71% para os professores, como maneira de compensar as perdas inflacionárias que chegaram a quase 50%, segundo a categoria, entre 2028 e 2022;reestruturação nos planos de carreira;recomposição do orçamento dos institutos federais, que, segundo o movimento, corresponde a 50% do valor de 2018 diante um número de alunos maior;revogação de medidas de governos anteriores como a lei do Novo Ensino Médio e da portaria 443/2018, que estabelece preferência por empresas terceirizadas para contratação de serviços de tradução e intérprete em libras. Qual é a adesão e o que foi afetado? De acordo com o comando de greve do campus de Sertãozinho, a adesão à greve é de ao menos 78% entre docentes - dos 93, 73 estão paralisados - e de 84% entre os técnicos administrativos - 42 dos 50. "A adesão a greve no câmpus Sertãozinho foi muito forte desde o início, a maioria das aulas estão paralisadas e apenas serviços essenciais estão mantidos", informa o grupo. Em função disso, segundo o comando de greve, uma série de atividades estão paralisadas. São elas: aulas do ensino médio (com apoio do grêmio estudantil); aulas no ensino superior;aulas do mestrado profissional em educação profissional, técnica e tecnológica;biblioteca;Coordenadoria de Apoio ao Estudante;Coordenadoria do Sociopedagógico;Diretoria de Administração;Diretoria de Extensão;Diretoria de Pesquisa;Secretaria Escolar;Coordenadoria de Tecnologia de Informação;técnicos de Laboratórios. IFSP de Sertãozinho, SP — Foto: Carlos Trinca/EPTV O que ainda está em funcionamento? Apesar da paralisação, o campus de Sertãozinho está aberto, com a possibilidade de acesso a: quadras esportivas pátiosmanutenção de atividades ligadas a iniciações científicascursinho pré-vestibular popularcursos do centro de línguas Além disso, segundo o comando de greve, atividades essenciais foram mantidas. São elas: pagamento do Programa de Apoio e Permanência estudantil;pagamento dos contratos com fornecimento de mão de obra (vigilância, limpeza, portaria, copeiragem e distribuição de merenda);pagamento e orientação das bolsas de Ensino, Pesquisa e Extensão; orientações e trâmites dos estágios obrigatórios para conclusão de curso. Como estão as negociações com o governo? As negociações são articuladas entre o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e o governo fFederal. Segundo o comando de greve do IFSP em Sertãozinho, uma assembleia foi realizada na última quinta-feira (23) para avaliação da segunda proposta apresentada pelo governo federal, não aceita pela categoria que decidiu prosseguir com a paralisação. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região


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