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Veja como calcular a nota do Enem e por que a TRI pode prejudicar quem utiliza 'chutômetro' Por g1 02/11/2024 04h01 Atualizado 02/11/2024 "Chutar" as respostas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode não ser uma boa estratégia para tentar garantir uma nota alta: há o risco de o desempenho final do candidato ser prejudicado. Mas por quê? É que a nota final não é simplesmente a soma do número absoluto de acertos. O método de correção usado na prova, chamado de Teoria de Resposta ao Item (TRI), prioriza o desempenho que for coerente. Clique aqui para seguir o canal do g1 Enem no WhatsApp Dois alunos que acertarem exatamente o mesmo número de perguntas podem tirar notas diferentes. O raciocínio por trás disso é que, se alguém acerta as questões mais difíceis, mas erra aquelas consideradas fáceis, provavelmente "chutou" as respostas. Por isso, terá uma nota inferior à de um estudante que acertou as fáceis, mas errou as mais complexas (veja ilustração abaixo). Dois participantes acertaram 5 respostas. Veja só como aquele que errou justamente as mais fáceis tirou uma nota menor do que o outro, que errou as difíceis. — Foto: Reprodução/Inep Para que existe a TRI? A TRI apresenta as seguintes vantagens em relação ao método clássico de correção: ao detectar os famosos "chutes", ela premia o aluno que, de fato, se preparou para a prova;possibilita a comparação entre candidatos que tenham feito diferentes edições do exame;torna mais improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota, já que o resultado final é divulgado com duas casas decimais (816,48 pontos, por exemplo). Qual estratégia usar para se dar bem na TRI? Gastar energia, logo de cara, com aquela pergunta muito longa e complexa pode cansar o aluno e fazer com que ele erre, depois, uma questão considerada simples. No contexto de TRI, a nota será prejudicada. Dicas de resolução: Na 1ª leitura: resolver todas as questões que considerar fáceis.Na 2ª leitura: responder às perguntas em que tiver ficado entre duas alternativas, consideradas médias.Na 3ª leitura: fazer as questões mais longas ou sobre assuntos não tão comuns no Enem, consideradas difíceis. Fazer a prova nessa ordem pode ajudar a aumentar a nota em relação ao sistema TRI. Neste caso, se o aluno deixar para responder por último as questões que achar difíceis, e se precisar chutar, a nota não vai ser tão comprometida caso ele erre a resposta. "Questão fácil é aquela em que o estudante faz a leitura do texto e já sabe a resposta, ou, se é uma questão de exatas, quando ele sabe fazer os cálculos para obter a resposta certa. Já média, é quando o aluno identifica o assunto, começa o exercício e depois esquece informação ou não sabe terminar o cálculo. Já difícil, é quando o aluno não sabe nem começar ou é de algum tema que ele tem mais dificuldade", explica Rodrigo Machado, coordenador do Curso Anglo. Por que a nota da prova não vai de 0 a 1.000? No Enem 2023, a nota máxima na prova de Linguagens, por exemplo, foi 820,8 e a mínima, 287,0. Ou seja: quem acertou todas não tirou 1.000, e quem errou 100% das perguntas não ficou com zero. Por quê? Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza e aplica o Enem, o que determina os "extremos" da nota é o grau de dificuldade das perguntas daquela edição. "Quando a prova for composta por muitos itens fáceis, o máximo tenderá a ser mais baixo, e quando for formada por itens difíceis, o mínimo tenderá a ser mais alto", diz o órgão, em documento de orientação aos participantes. Mas, atenção: deixar uma questão em branco nunca é a melhor opção. O ideal é se preparar para o exame, para que, mesmo sem saber responder tudo, o a candidato apresente um desempenho "coerente". No vídeo abaixo, veja seis técnicas que podem ajudar a turbinar seus estudos: Seis técnicas que podem turbinar seus estudos E confira o que você NÃO pode esquecer nos dias do exame: 10 coisas que você não pode esquecer nos dias de Enem VÍDEOS DE EDUCAÇÃO