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Silveira promete gratuidade na conta de luz para 60 milhões de brasileiros; Haddad diz que medida não chegou à área econômica Oferecido por Por Lais Carregosa, Alexandro Martello, g1 — Brasília 10/04/2025 14h38 Atualizado 10/04/2025 O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou que pretende ampliar a isenção da conta de luz para 60 milhões de brasileiros. A proposta foi anunciada durante evento no Rio de Janeiro. Atualmente, a tarifa social abate até 65% da conta de luz das famílias de baixa renda ou até 100% das famílias quilombolas ou indígenas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há, dentro da área econômica, estudo algum para ampliar a isenção da conta de luz. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (10) que não há, dentro da área econômica, estudo algum para ampliar a isenção da conta de luz para os brasileiros que consomem até 80KWh (quilowatts-hora) por mês. A proposta foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante evento no Rio de Janeiro. Haddad comenta possibilidade de ampliação da isenção na conta de luz Atualmente, a tarifa social abate até 65% da conta de luz das famílias de baixa renda ou até 100% das famílias quilombolas ou indígenas. O benefício é destinado às famílias inscritas no CadÚnico com consumo de até 220 quilowatts-hora, sendo que o maior desconto (65%) é dado na faixa de consumo de 0 a 30 kWh. No caso de indígenas ou quilombolas, há isenção na faixa de consumo de até 50 kWh. O aumento na faixa de isenção beneficiaria 60 milhões de brasileiros, de acordo com Silveira. "Não vi a entrevista dele, mas não tem nenhum estudo na Fazenda, nem na Casa Civil, sobre esse tema. Não chegou ao conhecimento nem do Palácio e nem do ministro da Fazenda", afirmou Haddad. "Eu liguei para ao Rui [Costa, ministro da Casa Civil] e ele falou que não está tramitando nenhum projeto na Casa Civil neste sentido, o que não impede o ministério de estudar o que quer que seja. Mas, neste momento, não há nada tramitando", prosseguiu. 'Injustiça nas tarifas de energia' A fala de Silveira ocorreu no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia Elétrica, no Rio. Segundo o ministro, há muita "injustiça nas tarifas de energia elétrica". Portanto, é necessário racionalizar os custos do setor e endereçar as injustiças na composição da tarifa. O ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) — Foto: Claudio Braga Com isso, Silveira prometeu ampliar a tarifa social de energia elétrica, e simplificar as regras do mecanismo. "Mais de 60 milhões de brasileiras e brasileiros serão beneficiados com gratuidade de energia até o consumo de 80 KW por mês. Isso representa o consumo de uma família que tem uma geladeira, um chuveiro elétrico, ferro de passar, carregador de celular, televisão e lâmpadas para seis cômodos", detalhou. Silveira disse ainda que as famílias inscritas no CadÚnico com renda de até um salário mínimo, e que atualmente não são beneficiadas com a tarifa social, também serão isentas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). A tarifa social é um dos itens subsidiados pela CDE. A Conta de Desenvolvimento Energético está embutida na conta de luz sendo arcada, em sua maioria, pelos consumidores. A estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é que a CDE alcance R$ 40,6 bilhões em 2025. Em 2024, a tarifa social foi o quarto subsídio mais custoso da CDE, com um total de R$ 6,4 bilhões. Hoje, pouco mais de 17 milhões de famílias são beneficiadas.