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Ministro da Agricultura assegura que foco de gripe aviária foi contido e pede 'paciência' no Senado Por Nathalia Sarmento, g1 — Brasília 27/05/2025 18h06 Atualizado 27/05/2025 O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta terça-feira (27) que o foco de gripe aviária que resultou no cancelamento do comércio com diversos países, no Rio Grande do Sul, foi integralmente contido. Fávaro explicou que a situação pode ser considerada controlada por conta do perfil do vírus. Com base na "rapidez de propagação" e na letalidade da doença. A justificativa é que, se o foco tivesse se espalhado para outras regiões do país, novos casos em granjas teriam sido registrados nos primeiros quatro ou cinco dias após o resultado positivo. Em imagem de 16/05/2025, escavadeira abre buraco em chão de granja avícola em Montenegro, no Rio Grande do Sul, para descarte de materiais — Foto: REUTERS/Diego Vara O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta terça-feira (27) que o foco de gripe aviária em uma granja de Montenegro (RS), que resultou no cancelamento do comércio com diversos países, foi integralmente contido. Fávaro explicou que a situação pode ser considerada controlada por conta do perfil do vírus, com base na "rapidez de propagação" e na letalidade da doença. A justificativa é que, se o foco tivesse se espalhado para outras regiões do país, novos casos em granjas teriam sido registrados nos primeiros quatro ou cinco dias após o resultado positivo. Atualmente, duas suspeitas em granjas comerciais são investigadas, segundo o ministério. Uma no Tocantins e outra na cidade de Anta Gorda, também no Rio Grande do Sul. Governo de MG confirma caso de gripe aviária A fala do ministro ocorreu durante audiência pública em uma comissão do Senado. Fávaro foi chamado a prestar esclarecimentos sobre as ações do ministério para conter a gripe aviária. "Apesar de estarmos no quinto dia útil, depois da desinfecção total da granja, posso assegurar com muita tranquilidade que o foco em Montenegro está contido", afirmou o ministro, em seu discurso inicial. Primeiro caso em granjas comerciais O caso de Montenegro resultou no abate de 17 mil aves e acionou protocolos de controle sanitário. Foi o primeiro registro de gripe aviária em granja comercial no Brasil. O país convive com focos da doença há dois anos, mas até então eles envolveram aves silvestres ou criações domésticas. A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e ovos, segundo o Ministério da Agricultura. O Brasil nunca teve um caso de gripe aviária em humanos. Mais de 30 países, incluindo China e União Europeia, impuseram restrições às importações brasileiras de carne de frango. De acordo com o ministério, dos cerca de 160 países que exportam carne de frango do Brasil, 24 restringiram as compras e 13 fecharam o comércio aviário com o país. Medidas para proteger os pecuaristas O ministro também foi questionado pelos senadores do Rio Grande do Sul Hamilton Mourão (Republicanos) e Luís Carlos Heinze (PP) sobre a prorrogação da dívida de pecuaristas do estado, e sobre medidas destinadas para a região, e pediu "paciência": "Eu só queria pedir paciência, e eu sei que é difícil pedir paciência para quem sofre com problemas consecutivos, como o Rio Grande do Sul. Mas, para que a gente possa esperar com eficiência passar esses 22 dias, para que possamos pedir uma restrição menor. Poderemos trabalhar com mais efetividade após os 22 dias, sem a gripe aviária", afirmou o ministro. O trabalho de desinfecção da granja de Montenegro (RS) atingida por gripe aviária terminou na quarta-feira (21) e, a partir da última quinta (22), se o Brasil não registrar nenhum outro caso em granjas em 28 dias, pode se declarar livre da doença. O período, chamado de vazio sanitário, termina em 17 de junho. Segundo o governo, esse é um tempo essencial para garantir que não haja vestígios do vírus no ambiente antes da retomada das atividades na granja. Isso contribuir para a contenção da doença e a segurança sanitária da avicultura na região.