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Unicamp aprova cotas para pretos e pardos na pós-graduação com reserva mínima de 25% das vagas Por g1 Campinas e Região 03/08/2023 11h58 Atualizado 10/08/2023 Ao menos 25% das vagas de pós-graduação devem ser destinadas para pretos e pardos na Unicamp Medida acompanha decisões das próprias faculdades e institutos da universidade que já adotavam a medida Conselho também deliberou uma indicação que abre a possibilidade de cotas para outros grupos sociais marginalizados Estudantes durante Calourada 2022 da Unicamp — Foto: Antoninho Perri/SEC Unicamp O Conselho Universitário (Consu) da Unicamp aprovou a aplicação de cotas étnico-raciais nos cursos de pós-graduação de todos os institutos da universidade. O percentual mínimo de vagas para o modelo é 25%, mas a meta é que seja alcançado até 37,2% - que é a fatia de moradores autodeclarados pretos e pardos do estado de São Paulo. Quando começa a funcionar? Segundo a universidade, todos os programas de pós-graduação devem considerar a nova regra nos próximos processos seletivos. Como trata-se de uma orientação, não há final para que os programas utilizem as cotas. Apesar da aprovação na noite de terça-feira (3), os institutos já tinham autorização para incluir a política afirmativa nos programas. Um exemplo é o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), que desde 2015 aplica a medida e foi o primeiro a aderir na universidade. Ao todo, 11 institutos ou faculdades já possuem cotas em programas de pós - seis deles que já aplicam e outros cinco com previsão para iniciar nos processos deste ano. A Unicamp informou, ainda, que são 33 os programas que já adotam cotas, o que significa 43% do total de pós-graduações stricto sensu. E outros grupos? Na mesma reunião do Consu foi aprovada uma indicação que, segundo a Unicamp, abre a possibilidade de adoção de cotas na pós-graduação para outros grupos sociais marginalizados. Sem detalhar quais seriam esses grupos, a Unicamp afirmou que são "aqueles que não apresentam condições de competir em situação de igualdade nos processos seletivos devido a fatores históricos e culturais envolvendo desigualdade e marginalização". Estudantes no campus da Unicamp — Foto: Antonio Scarpinetti / Unicamp E na graduação? Nestes cursos, a Unicamp já possui o cotas desde o vestibular de 2019. Levantamento divulgado há um ano apontou que, com a medida, o número de alunos autodeclarados pretos e pardos cresceu 61,6% entre 2018 e 2022. A instituição somava, até o final de 2022, 20,8 mil estudantes, sendo 5,7 mil negros - o que significava 27,7% do total. Pesquisadores pós-doc A Unicamp comunicou, ainda, que publicou em 31 de julho um edital que prevê a reserva de vagas étnico-raciais para pesquisadores pós-doc. VÍDEOS: destaques da região de Campinas Veja mais notícias da região no g1 Campinas