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Região Norte tem menores taxas de frequência escolar do país, diz IBGE Por Paula Paiva Paulo 26/02/2025 10h00 Atualizado 26/02/2025 Aulas na rede estadual do Amapá em fevereiro de 2025. Estado tem as menores taxas de frequência escolar de 0 a 5 anos. — Foto: Gea A região Norte tem os piores índices de frequência escolar do Brasil em quase todas as faixas etárias, revela o Censo 2022 de Educação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (26). A maior discrepância está nos anos iniciais. Entre as crianças de 0 a 3 anos, 16,6% estão em unidades de ensino na região Norte. No Sudeste, este índice salta para 41,5%. Os estudantes da região Morte apresentam a pior frequência escolar do país até os 17 anos. Quando se analisa por cor ou raça, os indígenas apresentam os menores índices de frequência escolar, enquanto os amarelos e brancos apresentam os maiores. Ao olhar para o Brasil, de 2000 a 2022, os dados mostram que as taxas de frequência escolar avançaram em todas as regiões -- e em quase todos os grupos etários. As desigualdades regionais, no entanto, permanecem. Censo: parcela de pretos e pardos com ensino superior quintuplica em 22 anos, mas segue metade da de brancos3 em cada 4 formados em medicina no Brasil são brancos Longe da meta O aumento da frequência escolar no Brasil foi mais expressivo entre as crianças pequenas. Em 2000, 9,4% das crianças de até 3 anos estavam na escola. Em 2010, este percentual subiu para 23,5%, e para 33,9% em 2022 -- ainda longe do mínimo de 50% da meta do Plano Nacional de Educação (PNE). Dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 646 superaram a meta de 50% de frequência para crianças de 0 a 3 anos, o que representa apenas 11% do Brasil. Em 325 cidades, esse indicador estava abaixo de 10%. "Ainda está abaixo da meta que o plano estipulava mas houve uma evolução bem significativa. Em outras faixas que também foram objeto de políticas públicas, como de 4 e 5 anos, também há uma evolução bem grande, afirma o analista de divulgação do IBGE Bruno Mandelli Perez. "Mas a gente ainda tem muito a conseguir, o acesso escolar ainda está distante das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação". A única faixa que apresentou redução na frequência escolar foi a de 18 a 24 anos, que passou de 31,3% em 2000 para 27,7% em 2022. No entanto, isto aconteceu porque muitos jovens adultos cursavam os ensinos Fundamental e Médio atrasados. "Nos últimos 20 anos, os jovens foram se formando na idade adequada, foram se formando até 18 anos. A redução é justificada pela adequação do fluxo escolar", explicou a analista de divulgação do IBGE Juliana de Souza Queiroz. Entre as unidades federativas, as menores taxas de frequência escolar para as faixas de 0 a 3 anos e de 4 a 5 anos de idade foram encontradas no Amapá -- 12% e 65%, respectivamente. Já Roraima apresentou as menores taxas para os grupos de 6 a 14 anos (91,5%), 15 a 17 anos (78,8%) e 18 a 24 anos de idade (24%).