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Apple faz iPhone no Brasil, mas diz que visa o mercado local e não tem planos de aumentar produção Por Redação g1 09/04/2025 18h36 Atualizado 10/04/2025 A Apple faz iPhones no Brasil, mas diz que a produção é voltada para o mercado local e, no momento, não tem planos de aumentá-la. A guerra comercial entre a China e os EUA motiva especulações sobre se a Apple deverá investir na produção do smartphone em outros centros. Isso porque a supertaxa aplicada por Trump para o país asiático deve fazer com que o iPhones e outros itens importados da China subam bastante de preço para o consumidor americano. iPhone 16 em uma loja da Apple em Nova York, em foto de setembro de 2024 — Foto: AP Photo/Ted Shaffrey Com a China ainda respondendo pela maior parte da produção de iPhones no mundo, a guerra comercial entre o país asiático e os EUA motiva especulações sobre se a Apple deverá investir na produção em outros centros. A supertaxa para os asiáticos deve fazer com que iPhones e outros itens importados subam bastante de preço para o consumidor americano. Para escapar do tarifaço, Apple encheu 6 aviões com iPhones, diz agência No tarifaço de Trump, o Brasil recebeu uma taxa de 10% para a entrada de seus produtos nos EUA enquanto a China ficou com 145%, até agora. Os iPhones vendidos no Brasil são feitos em Jundiaí (SP) pela taiwanesa Foxconn, que monta esses aparelhos a serviço da Apple. A produção local estreou em 2011 e a Apple informa que ela está totalmente voltada para o mercado brasileiro. Atualmente são montadas no Brasil as linhas 14, 15 e 16 do iPhone. Os modelos Pro, mais sofisticados, são importados. Perguntada sobre a possibilidade de passar a exportar aparelhos montados no Brasil, a Apple disse que não comenta especulações. Em relação a um aumento na produção, a marca afirmou que não existem planos no momento. A Apple não respondeu qual é o volume de produção em Jundiaí, sob a justificativa de que não divulga números locais. O g1 procurou a Foxconn, mas não teve retorno. No LinkedIn, a filial brasileira diz ter entre 5.000 e 10.000 funcionários. A empresa não produz apenas iPhones, mas também atende a outras marcas de tecnologia. Celulares chineses: as marcas que chegaram ao Brasil nos últimos tempos Unidade da Foxconn em Jundiaí (SP) — Foto: Renato Jakitas/G1 Índia ganha espaço, mas China domina A Apple vem buscando uma descentralização da China nos últimos anos. A criadora do iPhone tem investido principalmente na Índia e no Vietnã. Ambos os países receberam taxas mais altas que o Brasil no tarifaço de Trump, mas inferiores às aplicadas aos chineses: 46% e 26%, respectivamente. Mas, nesta quarta-feira (9), o presidente dos EUA reduziu, temporariamente, as tarifas de todos os países afetados para 10% — exceto para a China. Big techs ganham quase US$ 2 trilhões após recuo de Trump em tarifaço A CNBC reportou que a China responde por 80% da produção de iPhones e iPads, além de 55% da linha Mac, citando dados de março atribuídos à consultoria Evercore ISI. A Índia passou a produzir 10% a 15% dos iPhones, enquanto o Vietnã é responsável por cerca de 20% da produção de iPads e 90% dos vestíveis (Apple Watch e Air Pod), segundo a mesma fonte. Outros países que fornecem para a Apple são Malásia e Tailândia, que também produzem a linha Mac, além de Coreia do Sul, Japão, Taiwan e os próprios Estados Unidos, na parte de componentes. Duelo de inteligência artificial: Galaxy S25 x iPhone 16 Produção nos EUA não resolveria preço A equipe de Trump diz que o presidente espera que iPhones passem a ser montados nos EUA, com mas analistas explicam que essa transferência não seria simples e isso não necessariamente resolveria a questão do preço. Segundo o Bank of America, o iPhone pode ficar 90% mais caro se for produzido nos EUA, se as taxas anunciadas por Trump fossem mantidas. iPhone 13, 14... até qual versão 'antiga' ainda vale a pena comprar? E não é só a questão da importação de componentes. "O valor do iPhone poderia subir 25% só com os custos trabalhistas dos EUA", disse Wamsi Mohan, analista do banco, em um comunicasdo para clientes divulgado nesta quarta-feira e reportado pela Bloomberg. Em fevereiro, logo após a posse de Trump, a Apple anunciou um investimento de mais de US$ 500 bilhões (R$ 2,85 trilhões) para criar 20 mil empregos nos EUA nos próximos quatro anos. O objetivo não é a transferência da linha de montagem do iPhone, mas aumentar a capacidade de unidades de produção já existentes nos EUA e construir uma nova fábrica em Houston, no Texas, destinada a produzir servidores que até agora eram fabricados "fora dos Estados Unidos", segundo o comunicado da empresa. Esses servidores darão suporte para o Apple Intelligence, a IA da marca. Governo começa a enviar mensagens para celulares roubados 'IA do job': brasileiros ganham dinheiro criando mulheres virtuais para conteúdo adulto