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Dólar cai e fecha a R$ 5,87, com retaliação chinesa aos EUA e dados de inflação no Brasil; Ibovespa sobe Oferecido por Por Redação g1 — São Paulo 11/04/2025 09h00 Atualizado 11/04/2025 Notas de dólar. — Foto: Dado Ruvic/ Reuters O dólar fechou em baixa nesta sexta-feira (11), cotado a R$ 5,87, com o mercado reagindo à nova retaliação chinesa ao tarifaço promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O Ministério das Finanças da China anunciou nesta manhã que vai aumentar as tarifas de importação de produtos que chegam dos EUA de 84% para 125%. A medida passa a valer neste sábado (12). A nova taxação do país asiático sobre produtos americanos é mais uma reposta às medidas impostas por Trump. Na quinta-feira (10), os EUA confirmaram que as tarifas impostas à China somam 145%. (Leia mais abaixo) Além da continuidade da guerra tarifária, o mercado brasileiro também repercute a divulgação do mais recente dado de inflação do país. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio em linha com as projeções do mercado financeiro, sem causar surpresas negativas que poderiam influenciar no preço do dólar no Brasil. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em alta. Veja abaixo o resumo dos mercados. Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair Dólar O dólar caiu 0,46%, cotado a R$ 5,8713. Veja mais cotações. Com o resultado, acumulou: alta de 0,61% na semana;ganho de 2,90% no mês; eperda de 4,99% no ano. No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,92%, cotada a R$ 5,8987. Ibovespa O Ibovespa subiu 1,05%, aos 127.682 pontos. Com o resultado, o Ibovespa acumulou: alta de 0,33% na semana;recuo de 1,98% no mês; eganho de 6,15% no ano. Na véspera, o índice teve baixa de 1,13%, aos 126.355 pontos. O que está mexendo com os mercados? A nova tarifa de 125% anunciada pela China sobre produtos importados dos EUA entra em vigor já neste sábado (12), segundo o Ministério das Finanças da China. "A imposição pelos EUA de tarifas anormalmente altas à China viola gravemente as regras do comércio internacional e econômico, as leis econômicas básicas e o bom senso, sendo um ato completamente unilateral de intimidação e coerção," escreveu o Ministério. Esse é mais um capítulo da escalada na guerra comercial que teve início no dia 2 de abril, quando Donald Trump anunciou seu "tarifaço" sobre produtos importados de mais de 180 países. No dia seguinte ao anúncio, as bolsas de valores derreteram em nível global. Já nesta semana, o humor do mercado mudou após Trump anunciar uma pausa no tarifaço. Ele reduziu para 10% as taxas aplicadas sobre todos os países, pelo prazo de 90 dias. A exceção foi a China, que teve as tarifas elevadas para 145%, conforme explicou a Casa Branca. A questão para a economia global é que o aumento de tarifas traz as seguintes consequências: As tensões crescentes entre os países elevam as incertezas globais com o futuro da economia. Mais tarifas tornam os produtos que chegam aos países mais caros, o que contribui para um aumento da inflação. Com os preços altos, o mercado teme que aconteça uma redução nos níveis de consumo da população, além de uma queda no comércio internacional. Esse cenário nas maiores economias do mundo eleva os temores por um período de recessão global. Apesar de o tarifaço ter conduzido o humor dos mercados nos últimos dias, destaque também para dados domésticos nesta sexta-feira. O IPCA mostrou que os preços subiram 0,56% no Brasil em março, maior índice para o mês desde 2023, há dois anos, quando os preços subiram 0,71%. O resultado representa uma desaceleração de 0,75 ponto percentual (p.p.) da inflação em relação a fevereiro, quando a alta foi de 1,31%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,04%. Já no acumulado em 12 meses, a inflação registra um avanço de 5,48%. O número está acima do teto da meta do Banco Central do Brasil (BC), que é de 3% para a inflação anual, e será considerada cumprida se ficar em um intervalo entre 1,50% e 4,50%. A inflação de março veio totalmente em linha com as expectativas do mercado financeiro, que esperavam exatamente essa alta de 0,56% nos preços.