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1075_economia

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'Prévia do PIB' do Banco Central indica expansão de 0,4% em fevereiro Oferecido por Por Alexandro Martello, g1 — Brasília 11/04/2025 09h02 Atualizado 16/04/2025 O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta sexta-feira (11), mostrou expansão de 0,4% em fevereiro na comparação com o mês anterior. O cálculo é feito após ajuste sazonal — ou seja, uma forma de comparar períodos diferentes. Esse foi o segundo mês seguido de aumento do IBC-Br. Apesar da alta, houve desaceleração do ritmo de crescimento da atividade na comparação com janeiro deste ano — quando foi registrada uma elevação de 0,9% no indicador. O IBC-Br é considerado um tipo de "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país, que mede a evolução da economia. "Esse resultado [de alta de 0,4% em fevereiro] veio dentro do esperado pelo mercado. Apesar do número positivo, a leitura reforça a percepção de desaceleração da atividade doméstica", afirmou Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg. Na comparação com fevereiro do ano passado, o indicador alcançou aumento de 4,1%, segundo o Banco Central.Na parcial do primeiro bimestre, a alta do indicador foi de 3,8% e, em doze meses até fevereiro de 2025, o crescimento foi, também, de 3,8%. BC revisa projeções para inflação e PIB 2025 Por setores A partir da divulgação desta semana, o Banco Central passou a informar a estimativa de alta, ou retração, dos setores da economia brasileira. Em fevereiro, segundo a instituição, o setor que se destacou foi a agropecuária, com um incremento de 5,6% na atividade econômica. No mês retrasado, a indústria teve retração de 0,8%, enquanto os serviços apresentaram expansão de 0,2%. Analistas veem desaceleração em 2025 O ritmo de crescimento da economia brasileira surpreendeu os economistas ao registrar uma expansão de 3,4% em 2024, bem acima das expectativas iniciais. Para este ano, entretanto, o cenário projetado pelos analistas é de desaceleração do ritmo de crescimento da economia, sobretudo por conta do processo de alta dos juros (para conter a inflação) que vem sendo implementado pelo Banco Central nos últimos meses. Para 2025, a projeção do mercado financeiro é de uma expansão de 1,97%, bem abaixo do crescimento registrado no ano passado. No fim de março, o BC informou que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, ainda que "sinais sugiram uma incipiente moderação no crescimento". PIB x IBC-Br Os resultados do IBC-Br são considerados uma "prévia do PIB". Porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais do Produto Interno Bruto. O cálculo dos dois é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE). O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano. O BC já subiu os juros em cinco oportunidades seguidas, e indicou uma nova alta para maio. O objetivo é trazer a inflação para a meta de 3%, podendo atingir, no máximo, 4,5%. Recentemente, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou que uma desaceleração do nível de atividade, já captada pelos dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024, é necessária para reduzir a inflação, e trazê-la de volta para as metas. "Temos que desacelerar um pouco a economia. O PIB veio um pouco mais fraco do que o esperado [no quarto trimestre de 2024]. Estamos vendo sinais de moderação [da atividade econômica]", acrescentou o diretor do BC, Diogo Guillen, no começo de março.


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