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China pede que EUA 'eliminem completamente' tarifas recíprocas e corrijam seus 'erros' Oferecido por Por Redação g1 — São Paulo 13/04/2025 10h55 Atualizado 13/04/2025 O governo Trump isentou celulares, computadores e outros eletrônicos das tarifas recíprocas anunciadas pelo presidente Donald Trump no início do mês. A medida foi divulgada na noite desta sexta-feira (11) pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA. Com a decisão, esses produtos ficam de fora das tarifas de 145% impostas à China, principal polo de produção de eletrônicos como iPhone, e da alíquota de 10% aplicada à maioria dos outros países. A isenção deve reduzir o impacto no bolso dos consumidores americanos e beneficiar grandes empresas do setor, como Apple e Samsung. Para escapar de ‘tarifaço’, Apple encheu seis aviões com Iphones feitos na Índia A China pediu aos Estados Unidos, neste domingo (13), que "eliminem completamente" suas tarifas recíprocas. Em um comunicado oficial, o Ministério do Comércio chinês comentou a decisão anunciada pelo governo Donald Trump nesta sexta-feira (11), de isentar celulares, computadores e outros produtos eletrônicos das tarifas. Afirmou que foi um "pequeno passo" e que a China estava "avaliando o impacto" dela. "Instamos os Estados Unidos (...) a tomarem medidas importantes para corrigir seus erros, eliminar completamente a prática errônea de tarifas recíprocas e voltar ao caminho certo do respeito mútuo", disse o porta-voz do ministério no texto. As isenções beneficiarão empresas de tecnologia dos EUA, como Nvidia e Dell, assim como a Apple, que fabrica iPhones e outros produtos de ponta na China. A maioria dos produtos chineses ainda enfrenta uma tarifa geral de 145% para entrar nos Estados Unidos. Eletrônicos isentos iPhone e Donald Trump — Foto: Apple e Reuters Ao anunciar a isenção, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA listou 20 categorias de produtos, que além dos celulares e computadores, incluem semicondutores, chips de memória e monitores de tela plana. Os eletrônicos representam parte significativa das importações da China para os EUA. Em 2024, os smartphones foram a principal importação chinesa para o país, totalizando US$ 41,7 bilhões, e os laptops ficar em segundo lugar, com US$ 33,1 bilhões, de acordo com dados do US Census Bureau divulgados pela Reuters. Apple faz iPhone no Brasil, mas diz que visa o mercado local e não tem planos de aumentar produçãoTrump quer iPhone feito nos EUA, mas aparelho custaria 3 vezes mais, diz analista A isenção sobre esses produtos pode reduzir o impacto no bolso dos consumidores americanos e beneficiar grandes empresas do setor, segundo a agência de notícias Bloomberg. Analistas da Wedbush chamaram a exclusão tarifária de "a melhor notícia possível para investidores em tecnologia", neste sábado (12), segundo a CNN. Neste domingo (13), porém, o secretário do comércio, Howard Lutnick, afirmou que a isenção das tarifas sobre componentes eletrônicos, como peças de smartphones e laptops, é apenas temporária. “Esses produtos serão parte das tarifas setoriais dos semicondutores que estão por vir. Eles terão um tipo especial de tarifa e vamos nos certificar que esses produtos sejam repatriados. Nós fizemos isso para automóveis, vamos fazer para farmacêuticos e para semicondutores", disse. "Então eles estarão isentos das tarifas recíprocas, mas estarão inclusos nas tarifas de semicondutores, que estão por vir daqui a provavelmente um ou dois meses", apontou Lutnick. "Não podemos depender da China, de países estrangeiros para coisas fundamentais e necessárias. Precisamos fazer nossos próprios eletrônicos e remédios. Donald Trump está trabalhando nisso", completou o secretário. "O Congresso promulgou leis que conferiram ao presidente a capacidade de proteger nossa segurança nacional... Se continuarmos a acumular déficits comerciais gigantescos e a alienar nossos interesses fundamentais para o resto do mundo, eventualmente nos tornaremos a mão de obra do resto do mundo."


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