0947_economia
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FMI reduz projeções para o PIB do Brasil para 2% em 2025 e 2026 Oferecido por Por Reuters 22/04/2025 11h30 Atualizado 22/04/2025 O FMI reduziu as projeções de crescimento do Brasil para 2% em 2025 e também em 2026. Os números são mais pessimistas do que os do governo. Analistas avaliam que uma produção agrícola forte dará sustentação à economia neste início de ano, mas que ela passará a mostrar desaceleração gradual em meio a uma inflação ainda elevada e uma política de juros que afeta o crédito. O FMI citou em seu relatório as medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as contramedidas de diversos países como um "importante choque negativo ao crescimento global". O Fundo também diminuiu as previsões de crescimento para EUA, China e a maioria dos países citando o impacto das tarifas norte-americanas, alertando que novas tensões comerciais desacelerarão ainda mais o crescimento. Economia mundial deve desacelerar, prevê FMI O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as projeções de crescimento do Brasil para 2% em 2025 e também em 2026, de acordo com novas estimativas divulgadas no relatório Perspectiva Econômica Global nesta terça-feira (22). O corte foi de 0,2 ponto percentual para ambos os anos em comparação com estimativas divulgadas em janeiro. Os números são mais pessimistas do que os do governo: O Ministério da Fazenda projetou em março que o Brasil crescerá 2,3% neste ano e 2,5% em 2026.O Banco Central passou a ver que o PIB crescerá 1,9% este ano. Analistas avaliam que uma produção agrícola forte dará sustentação à economia neste início de ano, mas que ela passará a mostrar desaceleração gradual em meio a uma inflação ainda elevada e uma política de juros que afeta o crédito. Em relação à inflação, o FMI calcula que o aumento dos preços no Brasil ficará em uma taxa média anual de 5,3% este ano e de 4,3% no próximo. A meta oficial de inflação é de 3% em 12 meses com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O FMI citou em seu relatório as medidas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e as contramedidas de diversos países como um "importante choque negativo ao crescimento". O Brasil recebeu a tarifa padrão norte-americana de 10%. O Fundo explicou que, "dada a complexidade e fluidez do atual momento, esse relatório apresenta uma 'projeção de referência' com base em informações disponíveis até 4 de abril de 2025 (incluindo as tarifas de 2 de abril e respostas iniciais)". Para a América Latina e Caribe, o FMI reduziu também em 0,5 ponto percentual a projeção para a região em relação a janeiro, para 2%. Para 2026, o Fundo reduziu a estimativa de crescimento em 0,3 ponto, a 2,4%. Segundo o FMI, as revisões para a região se devem principalmente a uma redução significativa na projeção para o crescimento do México, duramente impactado pelo tarifaço de Donald Trump. (saiba mais abaixo) Isso reflete "uma atividade mais fraca do que o esperado no final de 2024 e início de 2025, bem como o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos, a incerteza associada e as tensões geopolíticas, e um aperto das condições de financiamento", explicou o fundo. As perspectivas para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, também foram reduzidas, em 0,5 ponto percentual para 2025 e em 0,4% para 2026. As contas agora são respectivamente de expansão de 3,7% e 3,9% para o grupo. Isso se deveu a cortes significativos para os países mais afetados pelas recentes medidas comerciais, como a China, cuja projeção agora é de expansão de 4% neste e no próximo ano, com cortes de 0,6 e 0,5 ponto percentual, respectivamente. (