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Físicos conseguem transformar chumbo em ouro em experimento com acelerador de partículas Por Redação g1 12/05/2025 08h24 Atualizado 12/05/2025 Cientistas do CERN, laboratório europeu de física de partículas, conseguiram transformar chumbo em ouro. O experimento foi feito em um acelerador de partículas na Europa. A transformação durou apenas um microssegundo — muito mais rápido que um piscar de olhos. A maioria desses átomos de ouro era instável e durou cerca de um microssegundo antes de colidir com os equipamentos ou se fragmentar em outras partículas. O experimento foi repetido diversas vezes entre 2015 e 2018. Físicos conseguem transformar chumbo em ouro em experimento com acelerador de partículas Pesquisadores conseguiram transformar chumbo em ouro. O experimento foi feito em um acelerador de partículas na Europa, onde foi forçada a colisão de núcleos de chumbo em alta velocidade. (Entenda mais abaixo) Transformar chumbo em ouro era o sonho dos alquimistas do século 17, que buscavam formas de converter metais comuns em metais preciosos. Agora, cientistas do CERN — o laboratório europeu de física de partículas, na Suíça — conseguiram fazer isso. Ainda que por apenas alguns microssegundos. Acelerador de partículas onde pesquisadores conseguiram transformar chumbo em ouro — Foto: Divulgação/Cern Há séculos, estudiosos tentavam essa transformação, mas a dificuldade estava na diferença entre o número de prótons nos dois elementos. Os prótons são as partículas que ficam no núcleo do átomo. O chumbo tem 82 prótons, enquanto o ouro tem 79. O que os pesquisadores fizeram foi expulsar prótons do núcleo do chumbo até que ele tivesse a mesma quantidade do ouro. Como isso foi feito: Eles miraram feixes de chumbo uns contra os outros.O experimento foi realizado no acelerador de partículas do laboratório.Com isso, os núcleos foram empurrados para o choque a uma velocidade próxima à da luz. Durante o processo, o núcleo do chumbo acabou ejetando três prótons. Ou seja, restando apenas 79 prótons. Com isso, ele se tornou ouro. A transformação durou apenas um microssegundo — muito mais rápido que um piscar de olhos e impossível de se perceber a olho nu. As bizarras explosões espaciais que cientistas não conseguem explicar O experimento foi repetido diversas vezes entre 2015 e 2018. Nesse período, foram criados cerca de 86 bilhões de núcleos de ouro, o que corresponde a apenas 29 trilionésimos de grama. A maioria desses átomos de ouro era instável e durou cerca de um microssegundo antes de colidir com os equipamentos ou se fragmentar em outras partículas — deixando de ser ouro. LEIA TAMBÉM: Cientistas usam sangue de homem picado por mais de 200 cobras para criar antídoto inédito Cientistas usam sangue de homem picado por mais de 200 cobras para criar antídoto inédito