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Entenda por que a presidente da universidade Harvard, nos EUA, renunciou após manifestações de alunos pró-Palestina Por g1 02/01/2024 16h10 Atualizado 02/01/2024 Claudine Gay em 25 de maio de 2023 — Foto: Brian Snyder/Reuters Claudine Gay, presidente da Universidade Harvard, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, pediu demissão nesta terça-feira (2). Ela estava sendo pressionada a deixar o cargo após ter dado um depoimento no Congresso dos EUA sobre antisemitismo no campus da universidade. Desde então, começaram a surgir denúncias de que ela teria publicado artigos acadêmicos com trechos plagiados de outros estudos. Gay estava no cargo desde julho. Depoimento no Congresso A polêmica começou após manifestações pró-Palestina de estudantes em universidades dos EUA. Gay e outros presidentes de universidades dos EUA foram convocados para prestar depoimento no Congresso. Durante o depoimento dela, perguntaram a Gay se as manifestações de alunos de Harvard que pediam o genocídio do povo judeu seriam uma violação das regras de assédio da universidade. Gay então disse o seguinte: “Podem ser, dependendo do contexto”. Para os opositores de Gay, a frase foi evasiva e não foi suficientemente incisiva. Posteriormente, ela chegou a pedir desculpas pela frase. Depois do depoimento dela no Congresso, começaram a aparecer as acusações de plágio. Inicialmente, três artigos acadêmicos dela foram analisados. Concluiu-se que ela não violou os padrões de pesquisa, mas que havia citações que foram feitas de forma equivocada. A presidente afirmou que ia pedir para inserir correções. Em um segundo momento, apareceram outras duas acusações de problemas com citações dissertação de doutorado da presidente, de 1997. Na segunda-feira (1º) surgiram novas acusações. Ela, então, renunciou. Carta de Claudine Gay Em sua carta de renúncia, Gay afirma que “ficou claro que o melhor para a Universidade Harvard é que eu renuncie e que nossa comunidade possa navegar esses momento de grandes desafios com foco na instituição, e não em um indivíduo”. Ela disse também que tem disso estressante que as pessoas tenham colocado em dúvida seus compromissos em combater o ódio e se ater ao rigor acadêmico, que são “dois valores fundamentais para quem eu sou, e é assustador ser objeto de ataques pessoais e ameaças motivados por preconceito racial."